"Promessa
Estou sentado aqui − eu te disse que vinha
sentar-me aqui depois que tu fosses embora...
Ainda ouço a tua voz murmurante e canora
jurando entre os meus beijos que serás só minha!
Olho ao redor: a estrada é a mesma, vai sozinha
serpenteando pela mata adentro, como outrora.
Só o encanto feliz que esta paisagem tinha
aos meus olhos sem alma, aos poucos se descora!
Nada mudou talvez... Ainda é a mesma, a varanda.
Há um bambual com seus verdes penachos para o ar
e o vento ao seu redor, com as folhas, faz ciranda...
Eu te disse que vinha, e vim... Neste momento
parece que só tu trocaste de lugar:
− fugiste dos meus braços para o pensamento!"
*J.G. de Araújo Jorge*
Em “Meu Céu Interior”, Rio de Janeiro, Casa Editôra Vecchi Ltda., 2ª Edição, 1948.
Estou sentado aqui − eu te disse que vinha
sentar-me aqui depois que tu fosses embora...
Ainda ouço a tua voz murmurante e canora
jurando entre os meus beijos que serás só minha!
Olho ao redor: a estrada é a mesma, vai sozinha
serpenteando pela mata adentro, como outrora.
Só o encanto feliz que esta paisagem tinha
aos meus olhos sem alma, aos poucos se descora!
Nada mudou talvez... Ainda é a mesma, a varanda.
Há um bambual com seus verdes penachos para o ar
e o vento ao seu redor, com as folhas, faz ciranda...
Eu te disse que vinha, e vim... Neste momento
parece que só tu trocaste de lugar:
− fugiste dos meus braços para o pensamento!"
*J.G. de Araújo Jorge*
Em “Meu Céu Interior”, Rio de Janeiro, Casa Editôra Vecchi Ltda., 2ª Edição, 1948.
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