“SILÊNCIO
Il s'en plaignit, il en parla:
J'en connais de plus misérables!
JOB, Benserade.
Cala. Qualquer que seja esse tormento
que te lacera o coração transido,
guarda-o dentro de ti, sem um gemido,
sem um gemido, sem um só lamento!
Por mais que doa e sangre o ferimento,
não mostres a ninguém, compadecido,
a tua dor, o teu amor traído:
não prostituas o teu sofrimento!
Pranto ou Palavra − em nada disso cabe
todo o amargor de um coração enfermo
profundamente vilipendiado.
Nada é tão nobre como ver quem sabe,
trancado dentro de uma dor sem termo,
mágoas terríveis suportar calado!”
*Medeiros e Albuquerque*
Em “CANÇÕES DA DECADÊNCIA e outros poemas”, São Paulo,
Il s'en plaignit, il en parla:
J'en connais de plus misérables!
JOB, Benserade.
Cala. Qualquer que seja esse tormento
que te lacera o coração transido,
guarda-o dentro de ti, sem um gemido,
sem um gemido, sem um só lamento!
Por mais que doa e sangre o ferimento,
não mostres a ninguém, compadecido,
a tua dor, o teu amor traído:
não prostituas o teu sofrimento!
Pranto ou Palavra − em nada disso cabe
todo o amargor de um coração enfermo
profundamente vilipendiado.
Nada é tão nobre como ver quem sabe,
trancado dentro de uma dor sem termo,
mágoas terríveis suportar calado!”
*Medeiros e Albuquerque*
Em “CANÇÕES DA DECADÊNCIA e outros poemas”, São Paulo,
Editora WMF Martins Fontes, 1ª Edição, 2003, pág. 153.