sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Oblíquo Setembro de equinócio tarde
Que se alonga e depara e vê e mira
Tarde que habita o estar do seu parado
Sol de Sul pelo sal detido

Assim o estar aqui e o haver sido
Quase a mesma que sou no tão perdido
Morar aberto de um Setembro antigo
Com o mar desse morar em meu ouvido

Pura paixão que não conhece olvido


*Sophia de Mello Breyner Andresen*
Em “Antologia MAR”, Lisboa, Editorial Caminho, 4ª Edição, 2002.

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