[sem título]
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Eu não sou de ninguém… Quem me quiser
Há-de ser luz do Sol em tardes quentes,
Nos olhos de água clara há-de trazer
As fúlgidas pupilas dos videntes!
Há-de ser seiva no botão repleto
Voz no murmúrio do pequeno insecto,
Vento que enfuna as velas sobre os mastros!…
Há-de ser Outro e Outro num momento!
Força viva, brutal, em movimento,
Astro arrastando catadupas de astros!”
*Florbela Espanca*
Em “SONETOS COMPLETOS - Livro de Mágoas, Livro de Sóror Saudade,
Charneca em Flor, Reliquiae”, Coimbra, Editora Livraria Gonçalves, 6ª Edição, 1944.
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Eu não sou de ninguém… Quem me quiser
Há-de ser luz do Sol em tardes quentes,
Nos olhos de água clara há-de trazer
As fúlgidas pupilas dos videntes!
Há-de ser seiva no botão repleto
Voz no murmúrio do pequeno insecto,
Vento que enfuna as velas sobre os mastros!…
Há-de ser Outro e Outro num momento!
Força viva, brutal, em movimento,
Astro arrastando catadupas de astros!”
*Florbela Espanca*
Em “SONETOS COMPLETOS - Livro de Mágoas, Livro de Sóror Saudade,
Charneca em Flor, Reliquiae”, Coimbra, Editora Livraria Gonçalves, 6ª Edição, 1944.