“Espera…
Se tivesse mandado uma palavra: – ‘espera!’
Sem mais nada, nem mesmo explicar até quando,
eu teria ficado até hoje esperando…
– era a eterna ilusão de que fosses sincera…
Que importa a vida, o Sol, a primavera,
se eras a vida, o Sol, a flor desabrochando?
Se tivesses mandado uma palavra: – ‘espera!’
eu teria ficado até hoje esperando…
Não mandaste, tu nada disseste, e eu segui
sem saber que fazer da vida que era tua
procurando com o mundo esquecer-me de ti…
E afinal o destino, irônico e mordaz,
ontem, fez-me cruzar com o teu olhar na rua,
ouvir dizer-te: – ‘espera!…’ E ser tarde demais…”
*J. G. de Araújo Jorge*
Em “Festa de Imagens”, Rio de Janeiro, Editora Vecchi Ltda., 2ª Edição, 1954.
Se tivesse mandado uma palavra: – ‘espera!’
Sem mais nada, nem mesmo explicar até quando,
eu teria ficado até hoje esperando…
– era a eterna ilusão de que fosses sincera…
Que importa a vida, o Sol, a primavera,
se eras a vida, o Sol, a flor desabrochando?
Se tivesses mandado uma palavra: – ‘espera!’
eu teria ficado até hoje esperando…
Não mandaste, tu nada disseste, e eu segui
sem saber que fazer da vida que era tua
procurando com o mundo esquecer-me de ti…
E afinal o destino, irônico e mordaz,
ontem, fez-me cruzar com o teu olhar na rua,
ouvir dizer-te: – ‘espera!…’ E ser tarde demais…”
*J. G. de Araújo Jorge*
Em “Festa de Imagens”, Rio de Janeiro, Editora Vecchi Ltda., 2ª Edição, 1954.
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