"O Jogral
Eu faço versos como quem procura,
certo de achar, sem dor nem sofrimento,
na Musa amiga, indevassada e pura,
o desejado e justo valimento.
Nada me dói da mágoa que enclausura
a outros mais tristes o áureo pensamento
que esse me vem, de manso e sem tortura,
ao tempo azado e em cada bom momento.
Tédio em mim não se dá de ausente havê-la,
por tempo prolongado a caprichosa
Poesia, que me serve ao seu agrado.
E a rir me vou, feliz de assim querê-la,
furtiva às vezes, outras, dadivosa
com o ar feliz do que se sabe amado."
*Otacílio Colares*
Em "O Jorgral Impenitente", Fortaleza, Editora Instituto do Ceará, 1965.
Eu faço versos como quem procura,
certo de achar, sem dor nem sofrimento,
na Musa amiga, indevassada e pura,
o desejado e justo valimento.
Nada me dói da mágoa que enclausura
a outros mais tristes o áureo pensamento
que esse me vem, de manso e sem tortura,
ao tempo azado e em cada bom momento.
Tédio em mim não se dá de ausente havê-la,
por tempo prolongado a caprichosa
Poesia, que me serve ao seu agrado.
E a rir me vou, feliz de assim querê-la,
furtiva às vezes, outras, dadivosa
com o ar feliz do que se sabe amado."
*Otacílio Colares*
Em "O Jorgral Impenitente", Fortaleza, Editora Instituto do Ceará, 1965.
Nenhum comentário:
Postar um comentário