"Nós
Quando as folhas caírem nos caminhos,
ao sentimentalismo do sol poente,
nós dois iremos vagarosamente,
de braços dados, como dois velhinhos,
e que dirá de nós toda essa gente,
quando passarmos mudos e juntinhos?
– 'Como se amaram esses coitadinhos!
como ela vai, como ele vai contente!'
E por onde eu passar e tu passares,
hão de seguir-nos todos os olhares
e debruçar-se as flores nos barrancos...
E por nós, na tristeza do sol posto,
hão de falar as rugas do meu rosto
hão de falar os teus cabelos brancos."
*Guilherme de Almeida*
Em "Toda a Poesia", São Paulo, Livraria Martins Editora, 1ª Edição, 1952.
Quando as folhas caírem nos caminhos,
ao sentimentalismo do sol poente,
nós dois iremos vagarosamente,
de braços dados, como dois velhinhos,
e que dirá de nós toda essa gente,
quando passarmos mudos e juntinhos?
– 'Como se amaram esses coitadinhos!
como ela vai, como ele vai contente!'
E por onde eu passar e tu passares,
hão de seguir-nos todos os olhares
e debruçar-se as flores nos barrancos...
E por nós, na tristeza do sol posto,
hão de falar as rugas do meu rosto
hão de falar os teus cabelos brancos."
*Guilherme de Almeida*
Em "Toda a Poesia", São Paulo, Livraria Martins Editora, 1ª Edição, 1952.
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