segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Poema
 
Oh! aquele menininho que dizia
‘Fessora, eu posso ir lá fora?’
Mas apenas ficava um momento
Bebendo o vento azul...
Agora não preciso pedir licença a ninguém.
Mesmo porque não existe paisagem lá fora:
Somente cimento.
O vento não mais me fareja a face como um cão amigo...
Mas o azul irreversível persiste em meus olhos.


*Mario Quintana*
Em “A vaca e o hipogrifo”, São Paulo, Editora Globo, 2ª Edição, 2006.

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