“Irmã Bruna
Só uma pedra no meu túmulo.
Pedra de renúncia aos bens da vida.
Pedra luz de meus votos
em bodas de diamante.
Graça maior concedida
à pequenina irmã
que só pedia a Jesus
ser a rocha de amparo à sua fé.
No fim, minha mão vazia, segura
as mãos cheias de Deus.
E continuar na eternidade
a renovação de meus votos jovens,
na glória imensa de ter sido em vida e morte,
Dele, a mais humilde e pequenina serva,
Irmã Bruna.”
*Cora Coralina*
Em “Vintém de Cobre: meias confissões de Aninha”,
São Paulo, Editora Global, 10ª Edição, 2013.
segunda-feira, 29 de novembro de 2021
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