“A Rua dos Cataventos
VI
Avozinha Garoa vai cantando
Suas lindas histórias, à lareira.
‘Era uma vez... Um dia... Eis senão quando...’
Até parece que a cidade inteira
Sob a garoa adormeceu sonhando...
Nisto, um rumor de rodas em carreira...
Clarins, ao longe... (É o Rei que anda buscando
O pezinho da Gata Borralheira!)
Cerro os olhos, a tarde cai, macia...
Aberto em meio, o livro inda não lido
Inutilmente sobre os joelhos pousa...
E a chuva um’outra história principia,
Para embalar meu coração dorido
Que está pensando, sempre, em outra cousa...”
*Mario Quintana*
Em “A Rua dos Cataventos”, Porto Alegre, Editora Globo, 1ª Edição, 2005.
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