sábado, 23 de outubro de 2021

 [...]

O pessimismo passou, mas o bom propósito não: farei o possível
para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas.
Às vezes o amor que se dá pesa, quase como responsabilidade na
pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar,
e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo.
É uma forma de paz...
Também é bom porque em geral se pode ajudar muito mais as pessoas
quando não se está cega pelo amor.


[...]

*Clarice Lispector*
Em “Minhas Queridas”, Org. e introd. Teresa Montero,
Rio de Janeiro, Editora Rocco Ltda., 1ª Edição, 2007.

Nenhum comentário: