“Ah! velhos livros… Emoções passadas…
Já nos não falam mais como falaram!
Se são as mesmas pálpebras cansadas
e os mesmos olhos, já que não mudaram
as palavras das páginas marcadas,
por que não choram mais onde choraram?
É que as palavras ficam bem guardadas
lá no recanto d’alma em que ficaram.
E quantas almas há num corpo, quantas!
– cismo ao reler um livro, velho amigo
que o tempo amarelou e a que umas plantas
deram um cheiro bom de tempo antigo,
e que eu embora leia tantas vezes,
tantas… quero chorar e não consigo!”
*Onestaldo de Pennafort*
Publicado no SUPLEMENTO LITERÁRIO DE “A MANHÔ,
VOL. V, PÁGINA 78, Porto Alegre/RS, de 15/8/1943.
domingo, 31 de outubro de 2021
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