“Soneto XXVIII
Sobre a coberta o lívido marfim
Dos meus dedos compridos, amarelos...
Fora, um realejo toca pra mim
Valsas antigas, velhos ritornelos.
E esquecido que vou morrer enfim,
Eu me distraio a construir castelos...
Tão altos sempre... cada vez mais belos!...
Nem D. Quixote teve morte assim...
Mas que ouço? Quem será que está chorando?
Se soubésseis o quanto isso me enfada!
...E eu fico a olhar o céu pela janela...
Minh’alma louca há de sair cantando
Naquela nuvem que lá está parada
E mais parece um lindo barco a vela!...”
*Mario Quintana*
Em “A Rua dos Cataventos”, Porto Alegre, Editora Globo, 1ª Edição, 2005.
domingo, 8 de agosto de 2021
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