domingo, 29 de agosto de 2021

O vento fresco da tarde

[...]

Mas dentro de nós existe um outro mundo que está fora do tempo.
Na memória ficam guardadas as coisas que amamos e perdemos.
Não existem mais, no mundo de fora. Mas são reais, no mundo de dentro.
Como disse a Adélia Prado, ‘aquilo que a memória ama fica eterno’.
Na alma, as coisas ficam eternas porque ela, a memória, é o lugar do amor.
E o amor não suporta que as coisas amadas sejam engolidas pelo tempo.


[...]

*Rubem Alves*
Em “A música da NATUREZA”, Campinas/São Paulo, Papirus Editora, 2ª Edição, 2004.

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