“Sabedoria
Tu que vives e passas, sem saber
O que é a vida nem porque é, que ignoras
Todos os fins e que, pensando, choras
Sobre o mistério do teu próprio Ser,
Não sofras mais à espera das auroras
Da suprema verdade a aparecer:
A verdade das cousas é o prazer
Que elas nos possam dar à flor das horas...
Essa outra que desejas, se ela existe,
Deve ser muito fria e quase triste,
Sem a graça encantada da incerteza
Vê que a Vida afinal, – sombras, vaidades –
É bela, é louca e bela, e que a Beleza
É a mais generosa das verdades.”
*Raul de Leoni*
Em “Luz Mediterrânea”, Rio de Janeiro, Editora Viana & Mosley, 1ª Edição, 2002.
sábado, 21 de agosto de 2021
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