“SONETO DA VOLTA
Desde este instante, sem cessar, maldigo,
Aquele instante de felicidade!
Para que tu vieste ter comigo,
Meu amor! Minha luz! Minha saudade?!
Dês que te foste, foram-se contigo
Todos os sonhos desta mocidade...
A tua vinda – fora-me um castigo;
A tua volta – uma fatalidade!
Dês que te foste, dentro em mim plantaste
A ânsia infinita dos desesperados
Porque voltando, nunca mais voltaste...
Correm-me os dias de aflições, cobertos:
Eu entrei para o amor de olhos fechados
E saí para a dor de olhos abertos!”
*Joaquim Vespasiano Ramos*
Em “Coisa Alguma...”, São Luís/MA, Conselho Estadual de Cultura, 3ª Edição, 1984.
sábado, 22 de maio de 2021
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário