“Outra canção
PARA CELSO E LYA LUFT
Não me deixem ir tão só,
Tão só, transido de frio...
Eu quero um renque de vozes
Por toda a margem do rio!
Como alguém que adormecendo
E umas vozes escutando,
Nem soubesse que as ouvia,
Nem soubesse que as ouvia
Ou se estava sonhado,
Eu quero um renque de vozes
Por toda a margem do rio:
Vozes de amigo calor
Na lenta e escura descida
Como lanternas de cor
E aonde mais longe eu me for
(Quanto mais longe da vida!)
A borboleta perdida
Da tua voz, pobre amor...”
*Mario Quintana*
Em “Apontamentos de História Sobrenatural”, Porto Alegre,
Editora do Globo/Instituto Estadual do Livro, 1ª Edição, 1976.
domingo, 16 de maio de 2021
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