“SOL DAS ALMAS
À última luz que doira as tardes calmas,
À última luz de amor que beija o poente,
Se dá, no meu país, poeticamente,
A denominação de ‘Sol das Almas’!
Na montanha, a palmeira, de repente,
Brilha! O mistério lhe incandesce as palmas!
Para outro mundo leva o pó das salmas
A luminosidade comovente!
Vai morrer e ainda fulge! Ainda! Ainda!
Como um sorriso, finda a claridade,
Como um soluço, a claridade finda!
Adeus! Adeus! É o fim da Mocidade!
Nunca mais! Nunca mais! E era tão linda!
Qual é teu nome, Luz do Azul? – Saudade.”
*José Martins Fontes*
Em “Sol das Almas”, Rio de Janeiro, A Noite S/A Editora, 1ª Edição, 1936.
sábado, 22 de maio de 2021
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