"XIII
Ouvir Estrelas
'Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!' E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-Ias, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: 'Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?'
E eu vos direi: 'Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas'."
*Olavo Bilac*
Em “Poesias – Olavo Bilac”, São Paulo, Martins Editora Livraria Ltda., 1ª Edição, 2001.
Ouvir Estrelas
'Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!' E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-Ias, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: 'Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?'
E eu vos direi: 'Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas'."
*Olavo Bilac*
Em “Poesias – Olavo Bilac”, São Paulo, Martins Editora Livraria Ltda., 1ª Edição, 2001.
3 comentários:
Estimada Elaine...
Somente hoje,(16/01/13), descobri a existência do seu blog.
Parabenizo-te pelo excelente trabalho,
incomparável sensibilidade e bom gosto.
Deixo-te meu carinho de sempre.
Fraterno abraço.
Brilho Iluminado
"Hoje, segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo."
Olavo Bilac
Brilho!...
Sua cortesia e atenção... Como sempre, adicionadas de simpatia e amizade.
Grata, grata, gratíssima!
Deixo-lhe o meu sincero afeto por sua amizade!
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