quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A sós...

A sós
como duas gaivotas
na solidão do céu,
em pleno mar,
sonhando no ar... 

A sós,
lado a lado, sem alarde,
como dois pássaros num alto ramo,
ao cair da tarde... 

A sós
como duas mãos quando se procuram
e se encontram, 
sem voz... 

Como eu e tu
quando somos nós 
a sós...
 
*J. G. de Araújo Jorge*
Em “A Sós...”, Rio de Janeiro, Casa Editôra Vecchi Ltda., 1ª Edição, 1958.

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