quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Homem

Inútil definir
 este animal aflito.
Nem palavras
nem cinzéis
nem acordes
nem pincéis
são gargantas deste grito.
Universo em expansão.
Pincelada de zarcão
desde mais infinito
 a menos infinito.

*António Gedeão*
Em “Poesias Completas”, Lisboa, Portugália Editora, 9ª edição, 1983.

2 comentários:

Anônimo disse...

É esse zarcão que permite que nós, homens, sejamos eternos barcos navegantes, com a rigidez do casco fazendo amor com as ondas...

Elaine Bastos disse...

Bem-haja sempre a este espaço, Moacir!...