quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Quando chegares

Não sei se voltarás
sei que te espero.

Chegues quando chegares,
ainda estarei de pé, mesmo sem dia,
mesmo que seja noite, ainda estarei de pé.

A gente sempre fica acordado
nessa agonia,
à espera de um amor que acabou sendo fé...

Chegues quando chegares,
se houver tempo, colheremos ainda frutos, como ontem,
a sós;

se for tarde demais, nos deitaremos à sombra e
perguntaremos por nós...

   
*J. G. de Araújo Jorge*

Em “De Mãos Dadas”, Rio de Janeiro, Casa Editôra Vecchi Ltda., 2ª edição, 1966.

Nenhum comentário: