segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Hiato

És na minha vida como um luminoso
Poema que se lê comovidamente
Entre sorrisos e lágrimas de gozo...

A cada imagem, outra alma, outro ente
Parece entrar em nós e manso enlaçar
A velha alma arruinada e doente...

Um poema luminoso como o mar,
Aberto em sorrisos de espuma, onde as velas
Fogem como as garças longínquas no ar...


*Manuel Bandeira*

Em "Poesia Completa e Prosa", São Paulo, Editora Nova Fronteira, Volume Único, 5ª Edição, 2009.

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