“Rosas de Inverno
Corolas, que floristes
Ao sol do inverno, avaro,
Tão glácido e tão claro
Por estas manhãs tristes.
Gloriosa floração,
Surdida, por engano,
No agonizar do ano,
Tão fora da estação!
Sorrindo-vos amigas,
Nos ásperos caminhos,
Aos olhos dos velhinhos
Às almas das mendigas!
D’esse Natal de inválidos
Transmito-vos a bênção,
Com que vos recompensam
Os seus sorrisos pálidos.”
*Camilo Pessanha*
Em “Clepsydra e outros poemas”, Lisboa, Editora Ática, 1ª Edição, 1969.
Corolas, que floristes
Ao sol do inverno, avaro,
Tão glácido e tão claro
Por estas manhãs tristes.
Gloriosa floração,
Surdida, por engano,
No agonizar do ano,
Tão fora da estação!
Sorrindo-vos amigas,
Nos ásperos caminhos,
Aos olhos dos velhinhos
Às almas das mendigas!
D’esse Natal de inválidos
Transmito-vos a bênção,
Com que vos recompensam
Os seus sorrisos pálidos.”
*Camilo Pessanha*
Em “Clepsydra e outros poemas”, Lisboa, Editora Ática, 1ª Edição, 1969.
Nenhum comentário:
Postar um comentário