“Na grande noite tristonha
Na grande noite tristonha,
Meu pensamento parado
Tem quietudes de cegonha
Numa beira de telhado.
− Na grande noite tristonha...
Lembram planícies desertas
De uma paisagem do Norte,
As perspectivas abertas
No mundo da minha sorte...
− Lembram planícies desertas...
Ao longe, distancias ermas...
Em tudo quanto se abarca
Há ligeirezas enfermas
De luas da Dinamarca...
− Ao longe, distancias ermas...
Em tudo quanto se abarca
Há ligeirezas enfermas
De luas da Dinamarca...
− Ao longe, distancias ermas...
E sob olhares em pranto
De estrelas alucinadas,
Vais – coroa, cetro e manto,
Ó Rei das minhas baladas!
− E sob olhares em pranto...
.......................................................
Na grande noite tristonha,
Meu pensamento parado
Tem quietudes de cegonha
Numa beira de telhado.
− Na grande noite tristonha...
E eu sonho o meu sonho oculto
De ave triste – que não voa,
Detida a ver o teu vulto
De cetro, manto e coroa...
− Eu sonho o meu sonho oculto...”
*Cecília Meireles*
Em “BALADAS PARA EL-REI”, São Paulo, Editora Global, 2ª edição, 2017.
Na grande noite tristonha,
Meu pensamento parado
Tem quietudes de cegonha
Numa beira de telhado.
− Na grande noite tristonha...
Lembram planícies desertas
De uma paisagem do Norte,
As perspectivas abertas
No mundo da minha sorte...
− Lembram planícies desertas...
Ao longe, distancias ermas...
Em tudo quanto se abarca
Há ligeirezas enfermas
De luas da Dinamarca...
− Ao longe, distancias ermas...
Em tudo quanto se abarca
Há ligeirezas enfermas
De luas da Dinamarca...
− Ao longe, distancias ermas...
E sob olhares em pranto
De estrelas alucinadas,
Vais – coroa, cetro e manto,
Ó Rei das minhas baladas!
− E sob olhares em pranto...
.......................................................
Na grande noite tristonha,
Meu pensamento parado
Tem quietudes de cegonha
Numa beira de telhado.
− Na grande noite tristonha...
E eu sonho o meu sonho oculto
De ave triste – que não voa,
Detida a ver o teu vulto
De cetro, manto e coroa...
− Eu sonho o meu sonho oculto...”
*Cecília Meireles*
Em “BALADAS PARA EL-REI”, São Paulo, Editora Global, 2ª edição, 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário