“Tempo de Poesia
Todo o tempo é de
poesia.
Desde a névoa da manhã
à névoa do outro dia.
Desde a quentura do ventre
à frigidez da agonia.
Todo o tempo é de poesia.
Entre bombas que deflagram.
Corolas que se desdobram.
Corpos que em sangue soçobram.
Vidas que a amar se consagram.
Sob a cúpula sombria
das mãos que pedem vingança.
Sob o arco da aliança
da celeste alegoria.
Todo tempo é de poesia.
Desde a arrumação do caos
à confusão da harmonia.”
Desde a névoa da manhã
à névoa do outro dia.
Desde a quentura do ventre
à frigidez da agonia.
Todo o tempo é de poesia.
Entre bombas que deflagram.
Corolas que se desdobram.
Corpos que em sangue soçobram.
Vidas que a amar se consagram.
Sob a cúpula sombria
das mãos que pedem vingança.
Sob o arco da aliança
da celeste alegoria.
Todo tempo é de poesia.
Desde a arrumação do caos
à confusão da harmonia.”
*António
Gedeão*
Em “Poesias Completas”, Lisboa, Portugália Editora, 9ª edição, 1983.
Em “Poesias Completas”, Lisboa, Portugália Editora, 9ª edição, 1983.
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