quinta-feira, 25 de abril de 2013

"MEU NOME É MULHER!

No princípio, eu era a Eva,
Criada para a felicidade de Adão.

E meu paraíso tornou-se trevas
Porque ousei libertação!


Mais tarde, fui Maria

Meu pecado remiria
Dando à luz Aquele
Que traria a salvação!
Mas isso não bastaria
Para eu encontrar perdão.


Passei a ser Amélia,
'A mulher de verdade'.
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade,
Mas sonhava com a igualdade!


Muito tempo depois decidi:
'Não dá mais!
Quero minha dignidade,
Tenho meus ideais!'


Hoje, não sou só esposa ou filha.
Sou pai, mãe, arrimo de família;
Sou caminhoneira, taxista,
Piloto de avião, policial feminina,
Operária em construção!


Ao mundo, peço licença
Para atuar onde quiser!
Meu sobrenome é Competência,
E meu nome é Mulher!...
"

*Fátima Aparecida Santos de Souza (Pérola Neggra)*

Extraí daqui: https://pt.calameo.com/read/00502538795898ec00ebb

2 comentários:

Brilho disse...

Compartilho...

Amigo

Amigo, toma para ti o que quiseres,
passeia o teu olhar pelos meus recantos,
e se assim o desejas, dou-te a alma inteira,
com suas brancas avenidas e canções.

Amigo - faz com que na tarde se desvaneça
este inútil e velho desejo de vencer.
Bebe do meu cântaro se tens sede.

Amigo - faz com que na tarde se desvaneça
este desejo de que todas as roseiras
me pertençam.

Amigo,
se tens fome come do meu pão.

Tudo, amigo, o fiz para ti. Tudo isto
que sem olhares verás na minha casa vazia:
tudo isto que sobe pelos muros direitos
- como o meu coração - sempre buscando altura.

Sorris-te - amigo. Que importa! Ninguém sabe
entregar nas mãos o que se esconde dentro,
mas eu dou-te a alma, ânfora de suaves néctares,
e toda eu ta dou... Menos aquela lembrança...

... Que na minha verdade vazia aquele amor perdido
é uma rosa branca que se abre em silêncio...

Pablo Neruda
in "Crepusculário"

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Sonetos da Ausência

Se a saudade que vem é passageira
E o amor é fogo a arder em breve instante,
Deixa que eu leve ao coração sangrante
Minha palavra amiga e companheira.

Deixa que eu chore e sofra e ria e cante
E colha a paz na lágrima primeira,
Pois a loucura é como uma fogueira
Que me desvaira em música incessante.

Deixa que eu sofra nas corolas, ria
Nas madrugadas, me desfolhe em sinos,
E me perca no céu como no mar...

Deixa que eu me desfaça em melodia,
Que eu me alucine em risos de meninos,
Que eu me procure para não me achar!

Alphonsus de Guimarães Filho



Amiga Elaine,
Agradável surpresa: "Coração é terra que ninguém vê"
- Cora Coralina. Perdoe-me em plagiá-la, mas, ...
é um "falar de mim." Grata!

Minha estima lhe abraça!

Elaine Bastos disse...

BIluminado!

Foram-me apresentados por você dois encantos de poemas!... Perfeitos!...
Publico-os com muita alegria! Grata, gratíssima, sempre!
Abraços fraternurentos...