“Violoncelo
Chorai arcadas
Do violoncelo!
Convulsionadas,
Pontes aladas
De pesadelo...
Chorai arcadas
Do violoncelo!
Convulsionadas,
Pontes aladas
De pesadelo...
De que esvoaçam,
Brancos, os arcos...
Por baixo passam,
Se despedaçam,
No rio, os barcos.
Brancos, os arcos...
Por baixo passam,
Se despedaçam,
No rio, os barcos.
Fundas, soluçam
Caudais de choro...
Que ruínas, (ouçam!)
Se se debruçam,
Que sorvedouro!...
Caudais de choro...
Que ruínas, (ouçam!)
Se se debruçam,
Que sorvedouro!...
Trémulos astros...
Solidões lacustres...
− Lemes e mastros...
E os alabastros
Dos balaústres!
Solidões lacustres...
− Lemes e mastros...
E os alabastros
Dos balaústres!
Urnas quebradas!
Blocos de gelo...
− Chorai arcadas,
Despedaçadas,
Do violoncelo.”
*Camilo Pessanha*
Em “Clepsydra e outros poemas”, Lisboa, Editora Ática, 1ª Edição, 1969.
Blocos de gelo...
− Chorai arcadas,
Despedaçadas,
Do violoncelo.”
*Camilo Pessanha*
Em “Clepsydra e outros poemas”, Lisboa, Editora Ática, 1ª Edição, 1969.
Nenhum comentário:
Postar um comentário