"Pobre Velha Música
Pobre velha música!
Não sei por que agrado,
Enche-se de lágrimas
Meu olhar parado.
Recordo outro ouvir-te.
Não sei se te ouvi
Nessa minha infância
Que me lembra em ti.
Com que ânsia tão raiva
Quero aquele outrora!
E eu era feliz? Não sei:
Fui-o outrora agora."
*Fernando Pessoa*
Em “Poesias de FERNANDO PESSOA”, Lisboa, Editora Ática, 15ª Edição, 1995.
Pobre velha música!
Não sei por que agrado,
Enche-se de lágrimas
Meu olhar parado.
Recordo outro ouvir-te.
Não sei se te ouvi
Nessa minha infância
Que me lembra em ti.
Com que ânsia tão raiva
Quero aquele outrora!
E eu era feliz? Não sei:
Fui-o outrora agora."
*Fernando Pessoa*
Em “Poesias de FERNANDO PESSOA”, Lisboa, Editora Ática, 15ª Edição, 1995.
2 comentários:
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Substractum
Formoso ideal com que a sonhar me iludo
- Fraternidade humana vã doutrina
O homem só por si próprio se fascina,
- Narciso eterno, eis seu mistério rudo.
O beijo, o abraço, o adeus, o aplauso... tudo
O que oferece, quando raciocina,
São só disfarces da feição genuína
Do seu caráter cego, surdo, mudo!
Amizade, respeito, simpatia,
Misericórdia, amor, saudade, ciúme.
Tudo acaba, se o egoísmo principia.
E o homem, vivendo entre outros homens, a esmo,
Vê que a vida, afinal, se lhe resume
No profundo deserto de si mesmo!
Luís Carlos da Fonseca Monteiro de Barros
Estimada Elaine...
Que Deus lhe entregue mais uma
abençoada e produtiva semana.
Fraterno abraço!
BIluminado!
Grata, grata, gratíssima por seus poemas postados neste cantinho... Alimentam e alegram a minh'alma!...
Beijabraços fraternurentos.
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