"O Silêncio
Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegação segura,
é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silêncio fascinadas."
*Eugénio de Andrade*
Em “Obscuro Domínio”, Porto, Editora Limiar, 1978.
Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegação segura,
é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silêncio fascinadas."
*Eugénio de Andrade*
Em “Obscuro Domínio”, Porto, Editora Limiar, 1978.
Um comentário:
Estimada Elaine...
Sou-lhe grata pela atenção a minha indagação.
Recebi, não somente uma resposta, mas,
uma riquíssima aula. Deus, na sua infinita sabedoria,
não coloca pessoas e/ou coisas na nossa vida, Ele,
simplesmente, nos presenteia.
Desejo que seus dias sejam sempre, sempre melhores.
Fraterno abraço.
Com a tua devida permissão, compartilho....
OUTONO
"As folhas caem como se do alto
caíssem, murchas, dos jardins do céu;
caem com gestos de quem renuncia.
E a terra, só, na noite de cobalto,
cai de entre os astros na amplidão vazia.
Caimos todos nós. Cai esta mão.
Olha em redor: cair é a lei geral.
E a terna mão de Alguém colhe, afinal,
todas as coisas que caindo vão."
Rainer Maria Rilke
"Até quando terás, minha alma, esta doçura,
este dom de sofrer, este poder de amar,
a força de estar sempre – insegura - segura
como a flecha que segue a trajetória obscura,
fiel ao seu movimento, exata em seu lugar...?"
Cecília Meireles
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