quarta-feira, 20 de março de 2013

Quase
Quase não sei esperar o inesperado,
a rede que se parte e a outra rede
que se reparte: o não saber esperar
com a paciência antiga do silêncio
sentado mansamente ao nosso lado.

Quase não sei sonhar o amargo espanto

de estar aqui à porta de uma lua
que dá para um jardim que deu outrora
para um caminho que não finda nunca
tão pura e simplesmente ao fim da rua.
*Maria Alberta Menéres*
Em “Poesias Escolhidas”, Covilhã/Portugal, Edições Pedras Brancas, 1ª Edição, 1962.

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