Mais outro excerto da obra "Água Viva"...
[...]
"Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia.
Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar.
Grande responsabilidade da solidão.
Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama.
Quanto a mim, assumo a minha solidão. Que às vezes se extasia como diante
Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar.
Grande responsabilidade da solidão.
Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama.
Quanto a mim, assumo a minha solidão. Que às vezes se extasia como diante
de fogos de artifício.
Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima que na solidão pode se tornar dor.
Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima que na solidão pode se tornar dor.
E a dor, silêncio.
Guardo o seu nome em segredo. Preciso de segredos para viver."
Guardo o seu nome em segredo. Preciso de segredos para viver."
[...]
*Clarice Lispector*
Trecho extraído de "Água Viva", Rio de Janeiro, Editora Rocco, 1ª Edição, 1973.
*Clarice Lispector*
Trecho extraído de "Água Viva", Rio de Janeiro, Editora Rocco, 1ª Edição, 1973.
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