“A Balada das Folhas
No crepúsculo de gaze
E ouro, anda alguém a cantar
Uma cantiga que é quase
Um choro humano, pelo ar...
Pensativo, os olhos ponho
Nas folhas, – vida que vai
A extinguir-se, sonho a sonho,
Em cada folha que cai...
A primeira é verde e é linda.
Porque o vento a desprendeu?
Não tinha vivido ainda,
No crepúsculo de gaze
E ouro, anda alguém a cantar
Uma cantiga que é quase
Um choro humano, pelo ar...
Pensativo, os olhos ponho
Nas folhas, – vida que vai
A extinguir-se, sonho a sonho,
Em cada folha que cai...
A primeira é verde e é linda.
Porque o vento a desprendeu?
Não tinha vivido ainda,
Não tinha amado e morreu.
Vento do Destino avança,
E num soluço, num ai,
Cai um mundo de esperança
Na folha humilde que cai.
A segunda é a folha morta,
Passado... Desilusão...
Mal o vento os ramos corta,
Ela adormece no chão...
É a saudade, – folha da alma –
Que no tormento se abstrai
E vive da morte calma
De cada sonho que cai.
Oferenda:
No crepúsculo indeciso
Da vida, me martirizo
Por um sonho que se esvai...
Caem folhas... Chorei!...
Há uma lágrima, um sorriso...
Em cada folha que cai.”
*Olegário Mariano*
Em "POEMAS DE AMOR E DE SAUDADE", São Paulo,
Companhia Editora Nacional, 1932.
Vento do Destino avança,
E num soluço, num ai,
Cai um mundo de esperança
Na folha humilde que cai.
A segunda é a folha morta,
Passado... Desilusão...
Mal o vento os ramos corta,
Ela adormece no chão...
É a saudade, – folha da alma –
Que no tormento se abstrai
E vive da morte calma
De cada sonho que cai.
Oferenda:
No crepúsculo indeciso
Da vida, me martirizo
Por um sonho que se esvai...
Caem folhas... Chorei!...
Há uma lágrima, um sorriso...
Em cada folha que cai.”
*Olegário Mariano*
Em "POEMAS DE AMOR E DE SAUDADE", São Paulo,
Companhia Editora Nacional, 1932.
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