domingo, 28 de março de 2021

 “Uma canção à beira-mar

Na mão que me leva circula o meu sangue
na voz que me fala a voz das origens
na luz dos seus olhos a alma se expande
até mim chegando que causa vertigens
desejos de volta ao seio materno
embora nós dois estejamos felizes
desejos de à fonte do sangue voltar.
Mas pela mão d'ELA não perco o caminho
é seio, é abrigo, é ventre, é ninho
enquanto caminho na beira do mar.


*Manoel Caetano Bandeira de Mello*
Em “Uma canção à beira-mar”, Rio de Janeiro, Livraria Editora Cátedra Ltda., 1977.

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