“No fundo azul
No fundo azul
no espelho de uma delicada tristeza
que os meus olhos reflectem:
vês-me?
vês-me como eu sou?
vês-me como algo que se descobre
na acrobacia da imagem?
Na sensual tranquilidade da palavra
o poeta tenta uma arriscada ordem
e entre a fábula e a reportagem
simula mentir
para atingir
a superior verdade.”
*Ana Hatherly*
Em “A idade da escrita E OUTROS POEMAS”, São Paulo,
Editora Escrituras – Coleção Ponte Velha, 1ª Edição, 2005.
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