“Soneto
Noite fechada! O espaço inteiramente
É trevas. Que tristeza encerra esta hora
Em que tudo é silêncio e a alma que chora
Abafa as vozes do sofrer latente!
Mas um canto vibrou, longe, plangente,
Quem é que a solidão perturba agora?
Ah! quem se atreve pela noite a fora
Um grito desferir, lugubremente?!...
É, porventura, uma alma forasteira,
Que vagueia sozinha na espessura
Da noite, procurando a companheira?
Não... Talvez seja a gargalhada insana
De alguma ave de agouro que procura
Escarnecer da dor da vida humana!”
*Amélia Mariano de Oliveira (eterna noiva de Olavo Bilac)*
Em “Póstuma – Poesias”, organização de Elmo Elton, Rio de Janeiro,
Editora Particular do Autor, 1950.
Noite fechada! O espaço inteiramente
É trevas. Que tristeza encerra esta hora
Em que tudo é silêncio e a alma que chora
Abafa as vozes do sofrer latente!
Mas um canto vibrou, longe, plangente,
Quem é que a solidão perturba agora?
Ah! quem se atreve pela noite a fora
Um grito desferir, lugubremente?!...
É, porventura, uma alma forasteira,
Que vagueia sozinha na espessura
Da noite, procurando a companheira?
Não... Talvez seja a gargalhada insana
De alguma ave de agouro que procura
Escarnecer da dor da vida humana!”
*Amélia Mariano de Oliveira (eterna noiva de Olavo Bilac)*
Em “Póstuma – Poesias”, organização de Elmo Elton, Rio de Janeiro,
Editora Particular do Autor, 1950.
Nenhum comentário:
Postar um comentário