“Lágrimas
A lágrima das mães é conhecida,
Dentre as lágrimas todas, por mais pura,
Dizem mesmo que tem mais amargura,
E que é por Deus, talvez, a preferida.
A lágrima de irmãos, – também fulgura.
Há nela a santidade concedida
Pelas torturas desta triste vida,
E, assim, como a das mães, se eleva e apura.
A lágrima de amigos, docemente
Suaviza a existência malograda,
Enche às vezes de luz noite trevosa.
Porém, a que mais dói, a mais ardente,
É a lágrima oculta, amargurada,
Longa, triste, cruel, silenciosa!...”
*Amélia Mariano de Oliveira (eterna noiva de Olavo Bilac)*
Em “Póstuma – Poesias”, organização de Elmo Elton, Rio de Janeiro,
Editora Particular do Autor, 1950.
A lágrima das mães é conhecida,
Dentre as lágrimas todas, por mais pura,
Dizem mesmo que tem mais amargura,
E que é por Deus, talvez, a preferida.
A lágrima de irmãos, – também fulgura.
Há nela a santidade concedida
Pelas torturas desta triste vida,
E, assim, como a das mães, se eleva e apura.
A lágrima de amigos, docemente
Suaviza a existência malograda,
Enche às vezes de luz noite trevosa.
Porém, a que mais dói, a mais ardente,
É a lágrima oculta, amargurada,
Longa, triste, cruel, silenciosa!...”
*Amélia Mariano de Oliveira (eterna noiva de Olavo Bilac)*
Em “Póstuma – Poesias”, organização de Elmo Elton, Rio de Janeiro,
Editora Particular do Autor, 1950.
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