“Canção
Cheguei a concha da orelha
à concha do caracol.
Escutei
vozes amadas
que eu julgava
eternamente perdidas.
Uma havia
que dentre as outras mais graves
tão clara e alta se erguia...
Que eu custei mas descobri
que era a minha própria voz:
sessenta anos havia
ou mais
que ali estava encerrada.
Meu Deus, as coisas que ele dizia!
as coisas que perguntava!
Eu deixei-as sem resposta.
As outras vozes, mais graves,
tampouco
nenhuma lhe respondia.
O mundo é um búzio oco,
menino...
Mundo de vozes perdidas
e onde apenas o eco
eternamente
repete as mesmas perguntas.”
*Mario Quintana*
Em “80 ANOS DE POESIA”, São Paulo, Globo Editora, 1ª Edição, 1986.
Cheguei a concha da orelha
à concha do caracol.
Escutei
vozes amadas
que eu julgava
eternamente perdidas.
Uma havia
que dentre as outras mais graves
tão clara e alta se erguia...
Que eu custei mas descobri
que era a minha própria voz:
sessenta anos havia
ou mais
que ali estava encerrada.
Meu Deus, as coisas que ele dizia!
as coisas que perguntava!
Eu deixei-as sem resposta.
As outras vozes, mais graves,
tampouco
nenhuma lhe respondia.
O mundo é um búzio oco,
menino...
Mundo de vozes perdidas
e onde apenas o eco
eternamente
repete as mesmas perguntas.”
*Mario Quintana*
Em “80 ANOS DE POESIA”, São Paulo, Globo Editora, 1ª Edição, 1986.
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