“Noite
Quando a hora final da Ave-Maria
Deixa o eco voar espaço em fora;
Nesse momento em que a melancolia
Mais na terra se estende e se demora.
Quando a sombra da noite que apavora
Encobre o sol, escurecendo o dia;
Quando não temos mais da última aurora
A doce luz, embora fugidia;
Quando as trevas mais negras vão crescendo
E cobrem toda a natureza; quando
Repousa e dorme tudo em paz – gemidos
Ouvem-se, o espaço inteiro percorrendo...
É que, tristes, no mundo, soluçando,
Vagueiam muitos corações perdidos...”
*Amélia Mariano de Oliveira (eterna noiva de Olavo Bilac)*
Em “Póstuma – Poesias”, organização de Elmo Elton, Rio de Janeiro,
Quando a hora final da Ave-Maria
Deixa o eco voar espaço em fora;
Nesse momento em que a melancolia
Mais na terra se estende e se demora.
Quando a sombra da noite que apavora
Encobre o sol, escurecendo o dia;
Quando não temos mais da última aurora
A doce luz, embora fugidia;
Quando as trevas mais negras vão crescendo
E cobrem toda a natureza; quando
Repousa e dorme tudo em paz – gemidos
Ouvem-se, o espaço inteiro percorrendo...
É que, tristes, no mundo, soluçando,
Vagueiam muitos corações perdidos...”
*Amélia Mariano de Oliveira (eterna noiva de Olavo Bilac)*
Em “Póstuma – Poesias”, organização de Elmo Elton, Rio de Janeiro,
Editora Particular do Autor, 1950.
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