“Saudade
A Isabel Souto
Perpassa o vento as sílabas cantando
De teu nome; por entre a ramaria
Escuto as aves em profundo bando,
Chamando-te em clamores de alegria.
Sobre o prado florente, à tarde, quando
O sol desmaia no final do dia,
Poe entre as flores, triste, meditando,
Vejo-te a imagem plácida, erradia...
De tua voz sonora o timbre ainda,
Suave e puro, eu sinto docemente
Ferir-me o ouvido em música divina;
Tudo me traz de ti saudade infinda,
Saudade que se aviva eternamente
E que a alma inteiramente me domina!”
*Amélia Mariano de Oliveira (eterna noiva de Olavo Bilac)*
Em “Póstuma – Poesias”, organização de Elmo Elton, Rio de Janeiro,
A Isabel Souto
Perpassa o vento as sílabas cantando
De teu nome; por entre a ramaria
Escuto as aves em profundo bando,
Chamando-te em clamores de alegria.
Sobre o prado florente, à tarde, quando
O sol desmaia no final do dia,
Poe entre as flores, triste, meditando,
Vejo-te a imagem plácida, erradia...
De tua voz sonora o timbre ainda,
Suave e puro, eu sinto docemente
Ferir-me o ouvido em música divina;
Tudo me traz de ti saudade infinda,
Saudade que se aviva eternamente
E que a alma inteiramente me domina!”
*Amélia Mariano de Oliveira (eterna noiva de Olavo Bilac)*
Em “Póstuma – Poesias”, organização de Elmo Elton, Rio de Janeiro,
Editora Particular do Autor, 1950.
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