“Abandono
Talvez já tudo tenhas esquecido:
Aquela casa e as árvores frondosas
Da entrada do caminho e as brancas rosas
E o coqueiral, altivamente erguido.
O bando de aves tímidas, saudosas,
A desferir seu canto enternecido,
E aquele céu azul, indefinido,
Cheio de sóis, de estrelas luminosas.
Quanta mudança encontrarás se um dia
Ali fores!... Tristonhos, tumulares,
O arvoredo, o rosal!... O espaço mudo.
E só, errante, a soluçar, sombria,
A saudade acharás se ali voltares.
Mas... Talvez tenhas esquecido tudo!”
*Amélia Mariano de Oliveira (eterna noiva de Olavo Bilac)*
Em “Póstuma – Poesias”, organização de Elmo Elton, Rio de Janeiro,
Editora Particular do Autor, 1950.
Talvez já tudo tenhas esquecido:
Aquela casa e as árvores frondosas
Da entrada do caminho e as brancas rosas
E o coqueiral, altivamente erguido.
O bando de aves tímidas, saudosas,
A desferir seu canto enternecido,
E aquele céu azul, indefinido,
Cheio de sóis, de estrelas luminosas.
Quanta mudança encontrarás se um dia
Ali fores!... Tristonhos, tumulares,
O arvoredo, o rosal!... O espaço mudo.
E só, errante, a soluçar, sombria,
A saudade acharás se ali voltares.
Mas... Talvez tenhas esquecido tudo!”
*Amélia Mariano de Oliveira (eterna noiva de Olavo Bilac)*
Em “Póstuma – Poesias”, organização de Elmo Elton, Rio de Janeiro,
Editora Particular do Autor, 1950.
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