“A Redenção
A divina emoção que tu me deste,
Já m´a deu uma árvore ao poente...
Não é só teu encanto que te veste:
A seiva e o sangue rezam irmãmente.
Às vezes nuvens, mares, areais,
Dão-me mais sonho do que os olhos teus...
É como se eles fossem meus iguais,
Tendo nós todos fé no mesmo Deus...
Não será isto o instinto, a profecia,
De que desfeitos e transfigurados
Viveremos num só, numa harmonia?...
Sim, deve se: amor, sonho, emoção,
São esforços febris d´encarcerados
Para quem a Unidade é a redenção.”
*António Patrício*
Em “Cinco séculos de Sonetos Portugueses de Camões a Fernando Pessoa
A divina emoção que tu me deste,
Já m´a deu uma árvore ao poente...
Não é só teu encanto que te veste:
A seiva e o sangue rezam irmãmente.
Às vezes nuvens, mares, areais,
Dão-me mais sonho do que os olhos teus...
É como se eles fossem meus iguais,
Tendo nós todos fé no mesmo Deus...
Não será isto o instinto, a profecia,
De que desfeitos e transfigurados
Viveremos num só, numa harmonia?...
Sim, deve se: amor, sonho, emoção,
São esforços febris d´encarcerados
Para quem a Unidade é a redenção.”
*António Patrício*
Em “Cinco séculos de Sonetos Portugueses de Camões a Fernando Pessoa
(organização, apresentação e ensaios Cleonice Berardinelle)”,
Rio de Janeiro, Editora Casa da Palavra Produção Editorial, 1ª Edição, 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário