“A hora cinzenta
Desce um longo poente de elegia
Sobre as mansas paisagens resignadas:
Uma humaníssima melancolia
Embalsama as distâncias desoladas...
Longe, num sino antigo, a Ave-Maria
Abençoa a alma ingênua das estradas;
Andam surdinas de anjos e de fadas,
Na penumbra nostálgica, macia...
Espiritualidades comoventes
Sobem da terra triste, em reticência
Pela tarde sonâmbula, imprecisa...
Os sentidos se esfumam, a alma é essência
E entre fugas de sombras transcendentes,
O Pensamento se volatiliza...”
*Raul de Leoni*
Em “Luz Mediterrânea”, Rio de Janeiro, Editora Viana & Mosley, 1ª Edição, 2002.
Desce um longo poente de elegia
Sobre as mansas paisagens resignadas:
Uma humaníssima melancolia
Embalsama as distâncias desoladas...
Longe, num sino antigo, a Ave-Maria
Abençoa a alma ingênua das estradas;
Andam surdinas de anjos e de fadas,
Na penumbra nostálgica, macia...
Espiritualidades comoventes
Sobem da terra triste, em reticência
Pela tarde sonâmbula, imprecisa...
Os sentidos se esfumam, a alma é essência
E entre fugas de sombras transcendentes,
O Pensamento se volatiliza...”
*Raul de Leoni*
Em “Luz Mediterrânea”, Rio de Janeiro, Editora Viana & Mosley, 1ª Edição, 2002.
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