“Nós
Tu vives a chorar, eu vivo a rir
E assim vamos morrendo de mãos dadas
Tu falas p´ra rezar, eu p´ra mentir
E as nossas bocas beijam-se encantadas...
Rezas por nós, por este amor a abrir
Em quimeras que nascem condenadas...
Minto por nós, para poder sorrir,
Erguer alegre as tuas mãos nevadas...
Tu crês e rezas, eu não creio e minto:
E as tuas rezas têm tanta piedade
Como as palavras trêmulas que eu sinto.
Mentir é afinal rezar sem crença:
E de mãos dadas, pela tempestade,
O nosso amor é uma oração imensa!”
*António Patrício*
Em “Cinco séculos de Sonetos Portugueses de Camões a Fernando Pessoa
Tu vives a chorar, eu vivo a rir
E assim vamos morrendo de mãos dadas
Tu falas p´ra rezar, eu p´ra mentir
E as nossas bocas beijam-se encantadas...
Rezas por nós, por este amor a abrir
Em quimeras que nascem condenadas...
Minto por nós, para poder sorrir,
Erguer alegre as tuas mãos nevadas...
Tu crês e rezas, eu não creio e minto:
E as tuas rezas têm tanta piedade
Como as palavras trêmulas que eu sinto.
Mentir é afinal rezar sem crença:
E de mãos dadas, pela tempestade,
O nosso amor é uma oração imensa!”
*António Patrício*
Em “Cinco séculos de Sonetos Portugueses de Camões a Fernando Pessoa
(organização, apresentação e ensaios Cleonice Berardinelle)”, Rio de Janeiro,
Editora Casa da Palavra Produção Editorial, 1ª Edição, 2013.
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