“O Sabiá
Oh! meu sabiá formoso,
sonoroso,
já desponta a madrugada,
desabrocha a linda rosa
donairosa,
sobre a campina orvalhada.
Manso o regato murmura
na verdura
descrevendo giros mil,
some-se a estrela brilhante,
vacilante
no horizonte cor de anil.
Ergue-se, oh meu passarinho,
de teu ninho,
vem gozar da madrugada,
modula teu terno canto,
doce encanto
de minh'alma amargurada.
Vem junto à minha janela,
sobre a bela
verdejante laranjeira,
beber o eflúvio das flores,
teus amores,
nas asas de aura fagueira.
Desprende a voz adorada,
namorada,
Poeta da solidão,
ah! vem lançar com encanto
mais um canto
no livro da criação!
Oh! meu Sabiá formoso,
sonoroso,
já desponta a madrugada;
deixa teu ninho altaneiro,
vem ligeiro
saudar a luz d`alvorada.”
*Fagundes Varela*
Em “Poesias Completas de Fagundes Varela (Vozes da América, Noturnas, Pendão Auriverde,
Oh! meu sabiá formoso,
sonoroso,
já desponta a madrugada,
desabrocha a linda rosa
donairosa,
sobre a campina orvalhada.
Manso o regato murmura
na verdura
descrevendo giros mil,
some-se a estrela brilhante,
vacilante
no horizonte cor de anil.
Ergue-se, oh meu passarinho,
de teu ninho,
vem gozar da madrugada,
modula teu terno canto,
doce encanto
de minh'alma amargurada.
Vem junto à minha janela,
sobre a bela
verdejante laranjeira,
beber o eflúvio das flores,
teus amores,
nas asas de aura fagueira.
Desprende a voz adorada,
namorada,
Poeta da solidão,
ah! vem lançar com encanto
mais um canto
no livro da criação!
Oh! meu Sabiá formoso,
sonoroso,
já desponta a madrugada;
deixa teu ninho altaneiro,
vem ligeiro
saudar a luz d`alvorada.”
*Fagundes Varela*
Em “Poesias Completas de Fagundes Varela (Vozes da América, Noturnas, Pendão Auriverde,
Cantos Religiosos, Avulsas, Cantos e Fantasias, Cantos Meridionais, Canto do Ermo e da Cidade, Etc.)”,
Rio de Janeiro, Editora Edições de Ouro, 1ª Edição, 1965.
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