“Procissão de vagalumes
Quando o sol adormece na distância
e no silêncio a tarde se esvazia,
cintila o vagalume em rutilância,
resplendendo de luz a ramaria.
Colhe da flor a cálida fragrância
e se incandesce em singular magia...
Lanterna acesa em doce vigilância,
até que acorde a aurora de outro dia.
Depois se esconde pela mata agreste
e, apagando a candeia azul celeste,
vai sonhar entre flores e perfumes.
Chegando a noite, a tarde empalidece,
e nascem luzes acendendo a prece
na procissão azul dos vagalumes...”
*Luiz Almeida Teixeira*
Em “O Mundo Maravilhoso do Soneto” – Vasco de Castro Lima (Coletânea de 232 Poetas Sonetistas fiéis ao Soneto),
Rio de Janeiro, Editora Livraria Freitas Bastos, 1987.
sexta-feira, 2 de abril de 2021
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