“Procura-se uma rosa
Silêncio, silêncio
Que melancolia
Perdeu-se uma rosa
De dia, de dia.
Tristeza, tristeza
Que vida vazia
Perdeu-se uma rosa
Quem a encontraria?
Como era formosa
Que pele macia
Perdeu-se uma rosa
Morreu a poesia.
Ó rosa da aurora
Ó rosa do dia
Só a noite escura
Te receberia.
Se virem a rosa
Na sua agonia
Ó digam à bela
À rosa macia
Que a vida sem ela
Não tem alegria.”
*Vinicius de Moraes*
Em "Poesia Completa e Prosa - volume único", Rio de Janeiro,
Editora Nova Aguilar S/A, 4ª Edição, 2004.
Silêncio, silêncio
Que melancolia
Perdeu-se uma rosa
De dia, de dia.
Tristeza, tristeza
Que vida vazia
Perdeu-se uma rosa
Quem a encontraria?
Como era formosa
Que pele macia
Perdeu-se uma rosa
Morreu a poesia.
Ó rosa da aurora
Ó rosa do dia
Só a noite escura
Te receberia.
Se virem a rosa
Na sua agonia
Ó digam à bela
À rosa macia
Que a vida sem ela
Não tem alegria.”
*Vinicius de Moraes*
Em "Poesia Completa e Prosa - volume único", Rio de Janeiro,
Editora Nova Aguilar S/A, 4ª Edição, 2004.
2 comentários:
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Cinzas
A última brasa ardeu na cinza adusta:
Tudo passou, tudo se fez em poeira...
E na minha alma, que o abandono assusta,
Morre a luz da esperança derradeira.
O amor mais casto, a aspiração mais justa
Têm a desilusão para fronteira...
Um momento de sonho às vezes custa
O sacrifício da existência inteira!
Chama efêmera, o amor! Baldado surto,
A glória! Ah! coração mesquinho e raso...
Ah! pensamento presumido e curto...
E o amor, que arrasta, e a glória, que fascina,
— Tudo se perderá no mesmo ocaso
E se confundirá na mesma ruína.
Heitor Lima
in "Primeiros Poemas"
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Aprendizagem Amarga
Chega um dia em que o dia se termina
antes que a noite caia inteiramente.
Chega um dia em que a mão, já no caminho,
de repente se esquece do seu gesto.
Chega um dia em que a lenha já não chega
para acender o fogo da lareira.
Chega um dia em que o amor, que era infinito,
de repente se acaba, de repente.
Força é saber amar, perto e distante,
como o encanto de rosa livre na haste,
para que o amor ferido não se acabe
na eternidade amarga de um instante.
Thiago de Mello
In "Os Estatutos do Homem"
Deixo-lhe meu mais terno abraço!
Biluminado,
Saudades...
O meu pensamento está a voar longe,
muito longe!...
Grata, grata, gratíssima por
partilhar, SEMPRE, maravilhas!!!
Abraços saudosos.
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