“Serenata
Permite que feche os meus olhos
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora
e contando pus-me a esperar-te.
Permite-me que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silêncio
e a dor é de origem divina
Permite que volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo
e aprende a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo.”
*Cecília Meireles*
Em “Obra Poética – Volume Único”, Rio de Janeiro, Nova Aguilar Editora, 3ª Edição (6ª Reimpressão), 1987.
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