domingo, 4 de julho de 2021

 “O velho e a noite

Ó noite negra, noite das noites.
Ó noite fonte da própria fonte,
com o teu silêncio, com a tua sombra,
com a tua ausência, com o teu sono,
com a luz que te peja e que ocultas,
presa ao teu peso que a subjuga.
Ó protetora dos que não acham
a paz senão quando se apagam
no teu refúgio, perdidas faces.
Ó noite, noite, nunca passasses.


*Manoel Caetano Bandeira de Mello*
Em “ANTOLOGIA POÉTICA”, São Luís/MA, Edições AML/Gráfica Alcântara/SIOGE, 1994.

Nenhum comentário: