“O sabiá da mata
Alada flauta de cristal das matas,
E que celebra a glória da manhã,
Quem te ouvindo as cadências e volatas,
Não cuida a flauta ouvir do grande Pã?
Queixas da selva umbrosa e das cascatas,
Saudades da caatinga e da rechã,
Dissolves em noturnos e sonatas,
Na basílica voz de Malibrã!
E essa voz que, de sombra a luz se veste,
Mais doce do que um verso de Virgílio,
Que põe vozes do céu na avena agreste:
Nem uma vez possui no mundo inteiro;
É a voz da Pátria a soluçar, no exílio,
Saudades do Nordeste Brasileiro!”
*Luiz de França Pereira*
Em “O Brasil que os poetas cantam”, Rio de Janeiro, Livraria Freitas Bastos,
2ª Edição revista e comentada, 1958.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021
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